sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ter ou não ter

Nos dias que correm, é bom ter alguma coisa. Numa altura em que nos tiram tanto, é bom conseguirmos dizer: "Tenho!"
Por exemplo: "eu tenho fome!" É ter alguma coisa... "Eu tenho a cabeça do marsapo toda cheia de cão" porque (lá está!) "não tenho dinheiro para comprar canesten". Epá, e o marsapo faz muita falta ao homem comum! É como eu digo, mais vale ter alguma coisa do que não ter. Apesar de ter candidíase na cabeça do coiso, deveria ter também canesten. Porque se tivesse canesten, não teria candidíase.
Isto é uma premissa de "ses", mas na verdade mesmo que seja fome e não haja mais nada, sempre temos qualquer coisa.
"Eu tenho um Renault Clio", ou, "eu tenho um Audi A5."; "E tu?"
Se esta pergunta fosse feita a um funcionário público ou pensionista, a resposta seria: "Eu? Eu tenho fome... e candidíase na cabeça do coiso!"

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