sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O muito pouco

Há uma expressão corriqueira de uso diário que serve para catalogar uma coisa que não está bem, essa expressão é o "muito pouco".
Mas que raio, isto é uma antítese! Pois claro que é! E é tão estúpido dizer que estava "muito pouca gente na praia", como dizer "pronto's" ou "certas e determinadas coisas".
O "muito pouco" é uma coisa parva! Porque se está "pouca gente na praia", não está "muita". Ou está "muita gente", ou está "pouca gente"! Aborrece-me isto... E fico até constrangido, porque às tantas não percebo se de facto são muitos ou poucos. É confuso querem ver:

Ao telefone... 
» Então, e gente na praia?
» Muito pouca gente.
» Porque será?
» Sei lá! É a crise...
» É... Isto está mau. Estes gajos põem-se a fazer estas certas e determinadas coisas por causa da troika e não se lembram do turismo.
» Olha, estou cá eu, é o que é preciso.
» Verdade!
» Pronto's, então vá, um abraço. Até logo.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Na retrete

Uma das piores coisas que nos pode acontecer é deixar cair um objecto para dentro da retrete. Mesmo que tenha acabada de ser limpa com lixívia ficamos a olhar para o que lá está em baixo, dentro de água, a pensar se lá colocamos ou não a mão. Mesmo que seja um valioso anel de ouro, há uma parte de nós que se está nas tintas para o valor daquilo. Pôr lá a mão é que não está nos planos. "Será que tem assim tanto valor?"; pensamos. "Se calhar não vale a pena. Olha que se lixe, vou despejar."
Mas a consciência pesa. O anel custou quase 400 euros. Epá mas ter que pôr lá a mão... Porra para isto! (É ou não é? eheheh...)
Vá lá então! Enfia-se a mão em 4 ou 5 sacos do Continente, faz-se cara feia, semicerra-se um olho, sustem-se a respiração, e pronto! Lá ganhamos coragem para colocar a mão na água e ir buscar o anel. A seguir com cara de nojo, lavamos e desinfectamos tudo abundantemente. Só depois nos lembramos que temos de ir ainda meter os sacos do Continente no caixote do lixo. "Porra, ainda vou ter que mexer nisto!" Lá vamos outra vez com cara de nojo a segurar nos sacos até ao caixote, para corrermos novamente a lavar as mãos.
Agora, se for outra coisa qualquer que não ultrapasse os 5 euros, depois da ponderação, o dedo vai ao autoclismo e pumba, uma descarga... Ficamos só a olhar para ver se ainda lá está. Se não estiver, sorridentes pensamos: "missão cumprida! Também não era uma coisa que me fizesse assim tanta falta."

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os frasquinhos do chichi e do cocó

Há uma coisa sempre que me fascina nos laboratórios de análises clínicas: os frasquinhos do chichi e do cocó. Ali estamos na sala de espera com aquilo dentro de um saquinho de plástico, agarrado com algum nojo. É uma imagem engraçada e corrente, mas mais engraçada se torna quando passamos da sala de espera para o sítio onde vamos tirar sangue. É ali que todas as nossas entranhas ficam a nu. Uma vez sentados e de manga arregaçada há sempre um nervoso miudinho. É que aquilo das agulhas custa um bocado!
Mas voltando aos frasquinhos, a analista tira o frasquinho do saco, cola-lhe uma etiqueta e coloca-o junto de uma data deles que já lá estão de outras pessoas que entraram antes de nós. E é aí que a diversão começa, pelo menos para mim, porque dá-me sempre vontade de rir. É que consigo, sem esforço, identificar se os frasquinhos são de pessoas mais novas ou mais velhas. Os que têm apenas um pouquinho são da malta nova. Os dos chamados velhos, têm merda ou mijo até não caber mais. Eu faço ideia o pessoal mais velho a cagar no penico e depois com uma colher a encher o frasquinho até à boca... Lindo! E depois, será que lavam a colher e voltam a usar? Digam lá que não dá para rir? Até esquecemos que nos estão a picar!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Cabrão do dedo mindinho!

Gosto muito de ouvir as mulheres dizerem que nós homens devíamos ter as dores de parto, que somos uns mariquinhas, que não aguentamos nada. Pois sim, está bem... Querem saber o que é uma dor de verdade? Não, não é dor de dentes. "Eu já tive três filhos, mas as dores de dentes são piores..."
Sim, as dores de dentes são ruins, é um facto! Mas dor de verdade é andar descalço pela casa, bater com o cabrão do dedo mindinho do pé na esquina do móvel, ter a mãe ao pé a rir-se e não poder dizer sequer um "puta que pariu!"
Então já se contorceram a imaginar. Pois é, dores de parto e dores de dentes é para meninos pá! Tenho ou não tenho razão? Ficarem ali agarrados ao dedo e ao pé, a suster a respiração e a fazerem bochecha, deitados no chão de olhos fechados e a pensaram se partiram ou não o dedo. É ou não é?
Dores de parto... Ai olha para mim a parir... "ai, ai, ai... uf, uf, uf"... É para meninos pá! Cabrão do dedo mindinho! Porra... Isso é que dói a sério...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Lápis de cor

Ontem comprei uma caixa de lápis de cor para a minha filha se entreter a partir os bicos e às vezes a pintar. É claro que uma caixa de lápis de cor é sempre uma prenda recebida com entusiasmo, apesar de não se comparar à euforia das canetas de feltro.
[Ainda me lembro da primeira vez que recebi canetas de feltro quando era puto. Foi um estojo de plástico que se desdobrava e tinha aí umas 100 canetas Molin. Mas isso são coisas do antigamente!]
Ontem lá fiquei eu a olhar embevecido para o espalhar dos lápis no chão e para o riscar sem nexo de uma folha de papel. E foi então que me apercebi de uma coisa: há um lápis branco! Que raio, um lápis branco?! Para que serve aquela inutilidade? Já tinham pensado nisso?
Os lápis de cor branca deviam ser uma opção à parte. Chegávamos à loja e dizíamos: "olhe quero uma caixa de lápis de cor". E o senhor da loja respondia: "pretende também incluir a cor branca?"; e aí nós decidíamos. É que assim, numa caixa de 11 lápis, acabam por ser usados sempre só 10 (é uma espécie de Benfica a jogar com Cardozo). E em vez do lápis branco, que não serve para nada, podiam incluir o lápis "cor de pele", que faz sempre falta...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Alambazar à bruta em casa de outrem

Uma das coisas mais parvas que certamente já aconteceu com todos nós: ir a casa de alguém e ver-se na situação de lhe oferecerem um café ou um doce. Qual é a primeira coisa que dizemos? "Não obrigado. Não tenho fome"... "Acabei agora mesmo de jantar"... "Acabei agora mesmo de beber café"...

É MENTIRA! Nós queremos mesmo um bocado daquele doce de aspecto delicioso. E de certeza que ainda não bebemos café! E mesmo que não tenhamos fome, arranja-se sempre espaço para um bocado de bolo.
Mas não! Somos muito púdicos e educados. "Não, não, estou bem"... "Não quero nada"... O tanas! Estamos é cheios de fome e com vergonha de comer à bruta em casa de outrem, com medo que pensem que somos gulosos ou pior. Essa é que é a grande verdade, porque quando toca a comer somos uns autênticos selvagens. E se comer bem em casa de outro, mais poupo na minha.
Mas não... Continuaremos a dizer "Obrigado, mas acabei agora mesmo de jantar". Está bem está! A vontade é comer e alambazar à bruta, como se não houvesse amanhã.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pleonasmos

E num ápice ela entrou, lá para dentro, e apressou-se a subir, para cima, as escadas do primeiro andar. Correu o mais que pôde mas tropeçou e caiu, uma queda, que a deixou moribunda no chão do corredor.
Os seus olhos lacrimejavam lágrimas de dor. "Levanta-te para cima", pensou; mas o corpo dormente não reagiu. A dor impelia-a em golfos retorcidos, como se fossem facas. Tentou mais uma vez recompor-se, mas infrutiferamente. Deixou-se ficar, ali, ora estendida, ora encolhida, no chão. Ainda gritou por ajuda, mas não veio ninguém. E então decidiu deixar de lutar. Deixou de contrair os músculos e foi aí que ela veio, explosiva! A caganeira... E foi pelas pernas abaixo e tudo quanto era chão. E foi paredes e tectos e mesa tagér, e o canapé e a moldura com a foto do casamento. E salpicou os cortinados das janelas...
A dor imensa passou quase de imediato e os seus olhos deixaram de lacrimejar lágrimas. Começou a sentir-se finalmente reconfortada e em paz, mas foi uma sensação que durou pouco. Tinha de limpar aquela merda toda...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Frases estúpidas, mesmo!

» No Domingo fui correr a prova dos 15 Km de Benavente. E ganhei! Só nos primeiros 50 metros já levava 100 de avanço...

» No outro dia caí nas escadas em frente à Igreja Matriz. A primeira coisa que fiz foi levantar-me à pressa e olhar para ver se alguém tinha visto. Só depois é que me sacudi...

» A semana passada fui ao Calvário ver se estava a chover. E não é que estava mesmo...

» Aqui há coisa de um mês passei em frente ao banco dos periquitos. Estava tudo cheio de alpista...

» Na semana da Feira fartei-me de andar no carrossel da selva. As meninas bonitas não pagavam. Mas acho que também não andavam...

» No mês de Maio fui à fava, enquanto a ervilha não enchia...

» Há quatro semanas passei na rua Diário de Notícias e vi duas grandes ratas ali mesmo no meio da estrada...

» Desde a primeira metade do século XX que Lapin nem sempre significa Coelho, pelo menos em Benavente...

» Há uns bons tempos que, Areias, já não são um Camelo...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Venha o regime da Rússia!

E o povo saiu à rua num dia assim. E levou cravos, esperanças e palavras de ordem. E deixou lamentos, petardos, pedras e tomates. Mas ordeiramente lá percorreu as ruas da capital e de tantos outros pontos deste país tão mal governado, para mostrar a indignação.
Ficou só a faltar bosta de vaca nas escadarias da Assembleia da República. Assim um camião de estrume lá despejado, ou dois. Tinha sido bonito ver lançar merda em fisgas, como quem vai aos pássaros. Quanto ao cheiro, seria praticamente indissociável daquele que já por lá está. Mas ficaria o gesto, bonito, com imagens coloridas, homenageando também o Sr. Silva, que muito gosta de vacas.
Mas fora a falta do estrume, foi bonito aquilo. "O FMI não manda aqui"; "Que se lixe a Troika, queremos as nossas vidas"; tudo verdades!
Mandemos fod... lixar a gorda alemã e estes pintos calçudos que nos governam a mando de outrÉm (mal escrito para dar ênfase). Venha o regime da Rússia!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Há uma linha que separa

Esta semana convidei um amigo meu, o Mário, para me ajudar a apanhar batatas assim que saísse do trabalho, lá na minha quinta. Se a plantação desse boa batata, em compensação pela ajuda eu oferecia-lhe duas sacas.
Mas então não é que o cabrão me respondeu que gosta muito de apanhar batatas e de andar de lombeira ao sol, mas que quando sair do trabalho tem de ir para casa, resfastelar-se no sofá a comer uns amendoíns e a beber umas minis. Disse-me que fica até com pena de não ir apanhar batatas, mas tinha mesmo de ir para casa sentar-se ao fresco, porque já tem coisas combinadas.

Há uma linha que separa o Mário dos que vivem do seu trabalho... Essa linha chama-se "laissez faire, laissez passer", ou traduzindo para português, até porque francês não é o seu forte: "Eu Mário, estou-me perfeitamente a cagar"...

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Venha mais austeridade!

Então em tempos de austeridade vai-se gastar um ovo, que podia muito bem servir de refeição para 3 pessoas, para o atirar à cabeça de um ministro?
Lá que o senhor tenha entrado no Teatro Sá da Bandeira em Santarém a gritar "aldrabões", mostra coragem! Agora desperdiçar assim um ovo em tempo de crise, ainda para mais não tendo acertado na Assunção Cristas... é atirar dinheiro à rua... E atirar dinheiro fora desta maneira desplicente é sinal de que ainda há por aí muito para gastar.
O Passos e o Gasparzinho é que têm razão. Se há dinheiro a circular, tributa-se! Venha mais austeridade, que enquanto houver ovos, o povo aguenta...

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A lenga lenga da manhã

De manhã quando o despertador toca dá-me uma vontade irrascível de chorar agarrado à almofada. Quero ficar ali para sempre e digo mal da minha vida. Passam-me não sei quantas coisas pela cabeça, se bem que uma delas é sempre a mesma: "esta noite não vou ficar até tão tarde a ver televisão. lá prás 21.30h deito-me para amanhã acordar fresquinho e sem sofrer este pesadelo". E lá vou eu tomar banho, para acordar...
Mas a verdade é que o dia passa e à noite, às 21.30h, não há sono absolutamente nenhum. Aliás, nem tão pouco me lembro que de manhã me custou tanto levantar. E depois a ver as séries penso: "só mais um bocadinho para ver como isto acaba". Quando me vou deitar é quase uma da manhã...
Depois, passadas 6 horas, o despertador toca de novo...

Raios!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A Indiferença

Bertolt Brecht tem um poema chamado "A Indiferença". É sem dúvida adequado ao que se passa hoje em Portugal. Adaptando ao que tem acontecido com as medidas de austeridade é mais ou menos assim:

Primeiro cortaram nos ordenados dos funcionários públicos
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo

Em seguida aumentaram os descontos da ADSE dos funcionários públicos
Mas a mim não me afectou
Porque não tenho ADSE

Depois acabaram com os subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos
Mas eu não me incomodei
Porque não sou funcionário público

Agora aumentam o meu desconto para a segurança social o que se traduz no corte de quase dois ordenados
Acabei de perceber que a injustiça também me tocava a mim
Já era tarde

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Estou doente!

Hoje estou doente, com uma gripe filha da put...assim mesmo doente, pronto! O nariz entupido pinga, a garganta dói, o corpo dói, a cabeça dói, espirros a torto e a direito. Estou assim como se diz na gíria, "cheio de cão". Não estou (ainda) naquela fase mariquinhas que todos os homens passam quando estão doentes. Mas se isto não passar com os antigripais do costume, acho que vou morrer. É legítimo pensar assim. Se calhar já estou a entrar na tal fase. Mas qual fase, qual carapuça! Se calhar vou mesmo morrer. Um homem estar doente não tem nada que ver com fases. Isto pode ser grave, bolas. Até acho que estou a ficar com febre. Febre não é bom... Ai... Porra pra isto! Será que morro? Ai... Sinto frio... Será da febre? Estou a ver a luz... Shô luz! Shô! Vai-te embora... Tenho de me ir deitar.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A nova moda

Não sei se isto sucede por todo o Portugal, Europa ou vá lá, Mundo, mas aqui por onde habito há um acessório de moda que deve ser último grito. Todos os trabalhadores da empresa de recolha de lixo urbano, especialmente os que varrem as ruas, andam de auricular de telemóvel no ouvido. A farda verde com listras fluorescentes combina na perfeição com o fio preto que sai do bolso e vai até à orelha. É claro que os maldizentes dizem que aquilo serve só para falar ao telemóvel e que de moda não tem nada. Mas eu cá não acho. Ninguém tem assim tanta coisa para falar dias a fio. Aliás, muitas vezes eu não os vejo a falar com ninguém e o auricular lá está, preso no ouvido. Cá para mim é definitivamente moda. Por isso:
Senhores da Alta Costura Mundial e Nacional, venham cá ver isto! Armani, Valentino, Gabanna, Miguel Vieira, Ana Salazar, Luís Buchinho, "shame on you" por nunca se terem lembrado desta combinação. É a nova moda aliada às novas tecnologias. Genial!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Designed for Humans

Há por aí um anúncio de telemóveis destes agora novos que dão para fazer tudo e acho que chamadas também, que tem como slogan "Designed for Humans". Apetece dizer: Áh sim!!! Não me digam... Curioso... Sempre achei que os elefantes ou os bacalhaus podiam usar um smartphone com sistema android.
Isto é discriminação animal, digo eu! Cria-se um telefone todo "xpto" que apenas os animais racionais podem usar. Aliás, criado exclusivamente para pessoas... Isto não está certo.
E mais! Então e se formos visitados por extraterrestres? Não podemos oferecer um destes telefones como sinal de paz? Seria até interessante ficarmos com o contacto dos "cinzentos" para fazermos umas chamadas de vídeo, de vez em quando através do skype, só para perguntar como está a família e o tempo.
Mas não... "Designed for Humans". Falta de tacto destes publicitários pá. A limitarem a franja de consumidores do produto. Um telefone de elites é o que é!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A Estupidez das Teclas Alfanuméricas nas Cabines

Já alguma vez repararam que (desde sempre penso eu) as teclas nos telefones das cabines têm letras? Para que é que aquilo serve? Não conseguimos enviar SMS dali nem teclar mais nada que não seja o número para onde queremos ligar. O N Ú M E R O... Entendem senhores que produzem aquelas coisas? Números. Eu só vou a uma cabine telefónica para telefonar. Aquilo não dá para fazer mais nada, que raio!
Eu sou do tempo dos Credifones, que era uma coisa bem à frente. Toda a gente queria ter um Credifone na carteira para mostrar aos amigos. Eu andei com um, anos, apenas com 2 períodos para gastar. Decadente é verdade, mas tinha-o religiosamente na carteira da tropa que abria em três partes e fechava com velcro.
Só que mesmo com esse grande avanço tecnológico que foi o Credifone, as putas das teclas alfanuméricas continuavam a não dar para enviar um SMS. Aliás, naquela altura enviaríamos o SMS para onde? Hã???? Porque que é que aquilo já naquela altura tinha letras? E o pior é que hoje continua a ter.

Estupidez! Impõe-se uma revolta contra as letras nas teclas das cabines de telefone públicas...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Fórum

Agora em linha o Sr. Abílio Mendes. Sr. Abílio, bom dia.
Bom dia. Olhe.... Está-me a ouvir não está?
Sim, sim. Pode continuar.
Eu gosto muito do Sr. Jornalista. Oiço todos os dias o seu programa, com muita atenção e até já tentei telefonar várias vezes mas nunca consegui.
E sobre o tema de hoje Sr. Abílio?
Áh, sim! Bom... Sobre a problemática da menstruação feminina, é uma coisa muito chata sabe. Quando eu era novo e namorava a minha Ricardina, era sempre uma dor de cabeça quando ele não chegava. Uma vez não chegou mesmo e lá tivémos de casar à pressa. Foi assim que nasceu a minha Fátima. Foi cá uma carga de trabalhos com o meu sogro. Mas agora já damos na vinhaça os dois... Também já lá vão uns aninhos!
Depois casei não é, mas cada vez que vinha o período era uma chatice. A minha mulher não se podia aturar e depois aquilo é coisa para deixar um homem à míngua quase 15 dias.
Ouvi dizer que lá para a Alemanha inventaram um remédio que faz as mulheres ficarem sem menstruação. Mas isso é só lá para eles. Nunca passa cá para fora. Mas lá que calhava bem, calhava! Para mim não que já sou velho, mas assim para os rapazes novos como o Sr. Jornalista é que vai ser uma festa hã?!!!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Que estupidez pá...

Quem é que inventou aquelas expressões do "porque assim" e "porque assado", "porque frito e cozido"? Mas que raio é isto? Este tipo de expressões de conteúdo inexistente fazem parte do nosso vocabulário diário, mas isto não tem sentido absolutamente nenhum. E o mais parvo é que conseguimos criar um diálogo baseado apenas nestas expressões e ninguém percebe puto do que estamos a dizer. Querem ver:
» E porque torna e porque deixa! Senão já sabes como elas te mordem... Mesmo sem grande vontade o fulano lá foi tratar da tal coisa a tal sítio. Quando lá chegou teve de preencher umas cenas e de responder a certas perguntas. E explicou-se ao coiso que só veio a tal sítio porque fulano de tal lhe disse para ir tratar das tais coisas ali, senão, por portas e travessas, tudo se ficaria a saber. Mas nem tudo se resolveu logo ali e o fulano teve de encarar o fulano de tal e explicar-lhe que ainda faltavam alinhavar umas cenas além, porque assim e porque assado, frito e cozido...

É ou não é o que eu digo? Que estupidez pá...