segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O telemóvel

O meu sogro comprou um telemóvel novo há não sei quantos meses. Na altura vangloriou-se que o dito lhe tinha custado apenas 1 euro. Que raio? Assim tão barato, perguntei. Bom, na verdade a explicação foi que inicialmente desembolsou 26 euros, mas, e aí estava o seu triunfo, tinha 25 euros em chamadas. É lá! belo negócio.
Mas por 26 euros, com 25€ em chamadas, o telemóvel não pode ser grande coisa. Enfim, contrariamente aos restantes que dão para fazer tudo e mais alguma coisa e por vezes chamadas também, o telemóvel do meu sogro só dá para fazer chamadas e, vá lá, enviar uns sms (coisa que ele nem sabe que existe).
Quase um ano depois, o telemóvel ainda conserva todas as películas transparentes que vêm agarradas ao ecrã e à parte de trás, onde nos cantos já desfolhados, estão coladas micro migalhas, pó, cotão dos bolsos e outras coisas das quais nem me atrevo a especular.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Os bolsos das camisas

Há uma coisa a que acho tremenda piada nos mais velhos, andam sempre com o bolso da camisa atafulhado de papéis, canetas e pequenos blocos. O peso é tanto que até a camisa fica a pender para esse lado. Mas é ao mesmo tempo fascinante, porque há praticamente tudo dentro daqueles bolsos. Canetas, o bilhete da lotaria, um pequeno bloco de notas, contactos de telefone, rebuçados, o bilhete de identidade, o cartão de contribuinte, o cartão da caixa de previdência, calendários, o boletim do euromilhões, os envelopes dobrados com as facturas do telefone, luz e água... Enfim, estaria aqui mais de meio dia a dizer aquilo que está dentro dos bolsos das camisas.
É também engraçado porque alguns daqueles papéis são quase peças de museu. Passam de bolso de camisa em bolso de camisa há anos. Já estão tão gastos que em muitos deles já não se conhece a tinta. Mas a verdade é que ali há de tudo, e mais, se queremos papel e caneta para apontar seja o que for no meio da rua ou do jardim, há sempre alguém mais velho a prontificar-se para ajudar e a levar de imediato a mão ao bolso da camisa. Eles é que sabem!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Estamos bem fod...

Para o ano ficaremos todos com as olheiras do Gaspar e a falar pausadamente, em tom monocórdico e chato. É mais que certo!
Relativamente às olheiras, será devido à falta de sono por sermos obrigados a ter 3 ou 4 trabalhos para poder pagar os impostos e, se sobrar, comprar um bocadinho de pão duro para comer. Não deve dar para mais...
Quanto a falar pausadamente, em tom monocórdico e chato, dever-se-á à fome e à subsequente falta de energia motora. Uma côdea de pão rijo e bolorento, trincado num pequeno momento de pausa junto a um braseiro (que não haverá dinheiro para pagar o aquecimento à EDP nem à Gás Natural), não dá "power" a ninguém. E pior será para os que trabalhem longe de casa, porque dinheiro para os transportes não há e o carro já foi vendido por "tuta e meia", por não haver dinheiro para a gasolina nem para o imposto único de circulação. O lado positivo é que as longas caminhadas acabarão com a obesidade.
E pronto, é isto! Olheiras e discurso monocórdico. A imagem de marca de um governo desnorteado, tutelado à distância pelo Reich da Merkel. Estamos bem fodidos!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Então, estás em casa?

Sabem aquelas perguntas estúpidas que todos fazemos de quando em vez? Do género de ligar para casa de um amigo e perguntar-lhe se está em casa, ou acordar alguém e perguntar-lhe se estava a dormir. Qual será o motivo de tamanha estupidez humana? É que se há coisas que não fazem sentido nenhum, este tipo de perguntas sem nexo está no top 5. Reparem neste diálogo entre amigos:

» Então meu! Que é isso no dedo?
» Olha, cortei-me enquanto fazia o jantar.
» E deitou muito sangue?
» Náh, deitou cereais! (esta seria a resposta ideal para tamanha idiotice de pergunta)

É estúpido não é? Então porque raio é que insistimos em fazer perguntas destas? Nem Freud conseguiu dissertar sobre isto, porque apesar de tudo a estupidez é infinitamente mais interessante, enquanto objecto de estudo, do que a inteligência. É que a inteligência tem limites, a estupidez não!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ter ou não ter

Nos dias que correm, é bom ter alguma coisa. Numa altura em que nos tiram tanto, é bom conseguirmos dizer: "Tenho!"
Por exemplo: "eu tenho fome!" É ter alguma coisa... "Eu tenho a cabeça do marsapo toda cheia de cão" porque (lá está!) "não tenho dinheiro para comprar canesten". Epá, e o marsapo faz muita falta ao homem comum! É como eu digo, mais vale ter alguma coisa do que não ter. Apesar de ter candidíase na cabeça do coiso, deveria ter também canesten. Porque se tivesse canesten, não teria candidíase.
Isto é uma premissa de "ses", mas na verdade mesmo que seja fome e não haja mais nada, sempre temos qualquer coisa.
"Eu tenho um Renault Clio", ou, "eu tenho um Audi A5."; "E tu?"
Se esta pergunta fosse feita a um funcionário público ou pensionista, a resposta seria: "Eu? Eu tenho fome... e candidíase na cabeça do coiso!"

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Papel higiénico

Papel higiénico para limpar o cú. Há-os de várias cores, aromas, suavidades, folhas duplas e até triplas. Há-os mais rijos, que parecem lixa nº 3, os que não têm aromas mas mantêm a folha dupla, e os que só têm uma folhazinha fininha, que rasgam mais facilmente e obrigam o dedo a tocar nos "gurnilhos" da bosta já defecada. Universo amplo o do papel higiénico, que oferece diversas gamas para os diversos olhos do cú. Se há olho do cú sensível, há rolo duplo, macio, de cor magenta, a cheirar a rosas acabadinhas de colher. Se o olho do cú suporta melhor a dor, pode ser rolo do tipo lixa, mais baratuxo é certo, mas com a eficácia de quem dá decapante numa superfície metálica. Não há "gurnilhos" que resistam!
Que bonito é olhar para as prateleiras dos supermercados e ver a quantidade de papéis higiénicos que existem. É poético pormo-nos a pensar no significado daquelas gamas todas. Porque se há tanto papel cuja função é limpar-nos o cú e descer pelos canos abaixo, imagine-se a quantidades de olhos dos cú que por aí há, todos eles com diferentes sensibilidades? Inspirador!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Férias - Parte 1

As férias são aquele período pelo qual ansiamos um ano inteiro e que depois passam a correr sem quase darmos por isso. Mas as férias, pelo menos as férias na praia, são mais cansativas do que o trabalho. Especialmente para quem tem filhos pequenos. Acordar às 07.30h para apanhar a praia logo pela manhã, pela fresquinha, por causa do sol forte. Carregar sacos, toalhas e a geleira para o carro. E seguir até perto do areal...
Depois não há lugar para estacionar ali perto da areia, porque já lá está toda a gente. "Porra que estes vieram para cá dormir ou quê?" É que são só 08.40h. Estacionar em segunda fila e descarregar tudo. A rapaziada, o chapéu, as toalhas, as cadeiras, os sacos, a geleira, a bola, as raquetes, os brinquedos... Uf!
Tudo a caminho da areia e o condutor leva o carro para o estacionar quase ao pé de casa. Mais valia ter ido a pé...
Depois, claro, palmilhar tudo até chegar ao local do "acampamento". Especialmente se forem ribatejanos, vê-se logo à légua onde está toda a gente. É cá uma algazarra!
Pôr creme e levar ali com o sol de esturra... Coisa tão boa! E ali estamos, são 09.00h e nada mais há para fazer do que olhar para as ondas e pronto ver umas coisas boas que passam de fato de banho. Passado um bocado já está tudo farto de estar ali. Se calhar já são 11.00 horas... Vamos ver o telemóvel, são ainda 09.45h. Porra! Vamos andar...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O muito pouco

Há uma expressão corriqueira de uso diário que serve para catalogar uma coisa que não está bem, essa expressão é o "muito pouco".
Mas que raio, isto é uma antítese! Pois claro que é! E é tão estúpido dizer que estava "muito pouca gente na praia", como dizer "pronto's" ou "certas e determinadas coisas".
O "muito pouco" é uma coisa parva! Porque se está "pouca gente na praia", não está "muita". Ou está "muita gente", ou está "pouca gente"! Aborrece-me isto... E fico até constrangido, porque às tantas não percebo se de facto são muitos ou poucos. É confuso querem ver:

Ao telefone... 
» Então, e gente na praia?
» Muito pouca gente.
» Porque será?
» Sei lá! É a crise...
» É... Isto está mau. Estes gajos põem-se a fazer estas certas e determinadas coisas por causa da troika e não se lembram do turismo.
» Olha, estou cá eu, é o que é preciso.
» Verdade!
» Pronto's, então vá, um abraço. Até logo.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Na retrete

Uma das piores coisas que nos pode acontecer é deixar cair um objecto para dentro da retrete. Mesmo que tenha acabada de ser limpa com lixívia ficamos a olhar para o que lá está em baixo, dentro de água, a pensar se lá colocamos ou não a mão. Mesmo que seja um valioso anel de ouro, há uma parte de nós que se está nas tintas para o valor daquilo. Pôr lá a mão é que não está nos planos. "Será que tem assim tanto valor?"; pensamos. "Se calhar não vale a pena. Olha que se lixe, vou despejar."
Mas a consciência pesa. O anel custou quase 400 euros. Epá mas ter que pôr lá a mão... Porra para isto! (É ou não é? eheheh...)
Vá lá então! Enfia-se a mão em 4 ou 5 sacos do Continente, faz-se cara feia, semicerra-se um olho, sustem-se a respiração, e pronto! Lá ganhamos coragem para colocar a mão na água e ir buscar o anel. A seguir com cara de nojo, lavamos e desinfectamos tudo abundantemente. Só depois nos lembramos que temos de ir ainda meter os sacos do Continente no caixote do lixo. "Porra, ainda vou ter que mexer nisto!" Lá vamos outra vez com cara de nojo a segurar nos sacos até ao caixote, para corrermos novamente a lavar as mãos.
Agora, se for outra coisa qualquer que não ultrapasse os 5 euros, depois da ponderação, o dedo vai ao autoclismo e pumba, uma descarga... Ficamos só a olhar para ver se ainda lá está. Se não estiver, sorridentes pensamos: "missão cumprida! Também não era uma coisa que me fizesse assim tanta falta."

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os frasquinhos do chichi e do cocó

Há uma coisa sempre que me fascina nos laboratórios de análises clínicas: os frasquinhos do chichi e do cocó. Ali estamos na sala de espera com aquilo dentro de um saquinho de plástico, agarrado com algum nojo. É uma imagem engraçada e corrente, mas mais engraçada se torna quando passamos da sala de espera para o sítio onde vamos tirar sangue. É ali que todas as nossas entranhas ficam a nu. Uma vez sentados e de manga arregaçada há sempre um nervoso miudinho. É que aquilo das agulhas custa um bocado!
Mas voltando aos frasquinhos, a analista tira o frasquinho do saco, cola-lhe uma etiqueta e coloca-o junto de uma data deles que já lá estão de outras pessoas que entraram antes de nós. E é aí que a diversão começa, pelo menos para mim, porque dá-me sempre vontade de rir. É que consigo, sem esforço, identificar se os frasquinhos são de pessoas mais novas ou mais velhas. Os que têm apenas um pouquinho são da malta nova. Os dos chamados velhos, têm merda ou mijo até não caber mais. Eu faço ideia o pessoal mais velho a cagar no penico e depois com uma colher a encher o frasquinho até à boca... Lindo! E depois, será que lavam a colher e voltam a usar? Digam lá que não dá para rir? Até esquecemos que nos estão a picar!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Cabrão do dedo mindinho!

Gosto muito de ouvir as mulheres dizerem que nós homens devíamos ter as dores de parto, que somos uns mariquinhas, que não aguentamos nada. Pois sim, está bem... Querem saber o que é uma dor de verdade? Não, não é dor de dentes. "Eu já tive três filhos, mas as dores de dentes são piores..."
Sim, as dores de dentes são ruins, é um facto! Mas dor de verdade é andar descalço pela casa, bater com o cabrão do dedo mindinho do pé na esquina do móvel, ter a mãe ao pé a rir-se e não poder dizer sequer um "puta que pariu!"
Então já se contorceram a imaginar. Pois é, dores de parto e dores de dentes é para meninos pá! Tenho ou não tenho razão? Ficarem ali agarrados ao dedo e ao pé, a suster a respiração e a fazerem bochecha, deitados no chão de olhos fechados e a pensaram se partiram ou não o dedo. É ou não é?
Dores de parto... Ai olha para mim a parir... "ai, ai, ai... uf, uf, uf"... É para meninos pá! Cabrão do dedo mindinho! Porra... Isso é que dói a sério...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Lápis de cor

Ontem comprei uma caixa de lápis de cor para a minha filha se entreter a partir os bicos e às vezes a pintar. É claro que uma caixa de lápis de cor é sempre uma prenda recebida com entusiasmo, apesar de não se comparar à euforia das canetas de feltro.
[Ainda me lembro da primeira vez que recebi canetas de feltro quando era puto. Foi um estojo de plástico que se desdobrava e tinha aí umas 100 canetas Molin. Mas isso são coisas do antigamente!]
Ontem lá fiquei eu a olhar embevecido para o espalhar dos lápis no chão e para o riscar sem nexo de uma folha de papel. E foi então que me apercebi de uma coisa: há um lápis branco! Que raio, um lápis branco?! Para que serve aquela inutilidade? Já tinham pensado nisso?
Os lápis de cor branca deviam ser uma opção à parte. Chegávamos à loja e dizíamos: "olhe quero uma caixa de lápis de cor". E o senhor da loja respondia: "pretende também incluir a cor branca?"; e aí nós decidíamos. É que assim, numa caixa de 11 lápis, acabam por ser usados sempre só 10 (é uma espécie de Benfica a jogar com Cardozo). E em vez do lápis branco, que não serve para nada, podiam incluir o lápis "cor de pele", que faz sempre falta...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Alambazar à bruta em casa de outrem

Uma das coisas mais parvas que certamente já aconteceu com todos nós: ir a casa de alguém e ver-se na situação de lhe oferecerem um café ou um doce. Qual é a primeira coisa que dizemos? "Não obrigado. Não tenho fome"... "Acabei agora mesmo de jantar"... "Acabei agora mesmo de beber café"...

É MENTIRA! Nós queremos mesmo um bocado daquele doce de aspecto delicioso. E de certeza que ainda não bebemos café! E mesmo que não tenhamos fome, arranja-se sempre espaço para um bocado de bolo.
Mas não! Somos muito púdicos e educados. "Não, não, estou bem"... "Não quero nada"... O tanas! Estamos é cheios de fome e com vergonha de comer à bruta em casa de outrem, com medo que pensem que somos gulosos ou pior. Essa é que é a grande verdade, porque quando toca a comer somos uns autênticos selvagens. E se comer bem em casa de outro, mais poupo na minha.
Mas não... Continuaremos a dizer "Obrigado, mas acabei agora mesmo de jantar". Está bem está! A vontade é comer e alambazar à bruta, como se não houvesse amanhã.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pleonasmos

E num ápice ela entrou, lá para dentro, e apressou-se a subir, para cima, as escadas do primeiro andar. Correu o mais que pôde mas tropeçou e caiu, uma queda, que a deixou moribunda no chão do corredor.
Os seus olhos lacrimejavam lágrimas de dor. "Levanta-te para cima", pensou; mas o corpo dormente não reagiu. A dor impelia-a em golfos retorcidos, como se fossem facas. Tentou mais uma vez recompor-se, mas infrutiferamente. Deixou-se ficar, ali, ora estendida, ora encolhida, no chão. Ainda gritou por ajuda, mas não veio ninguém. E então decidiu deixar de lutar. Deixou de contrair os músculos e foi aí que ela veio, explosiva! A caganeira... E foi pelas pernas abaixo e tudo quanto era chão. E foi paredes e tectos e mesa tagér, e o canapé e a moldura com a foto do casamento. E salpicou os cortinados das janelas...
A dor imensa passou quase de imediato e os seus olhos deixaram de lacrimejar lágrimas. Começou a sentir-se finalmente reconfortada e em paz, mas foi uma sensação que durou pouco. Tinha de limpar aquela merda toda...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Frases estúpidas, mesmo!

» No Domingo fui correr a prova dos 15 Km de Benavente. E ganhei! Só nos primeiros 50 metros já levava 100 de avanço...

» No outro dia caí nas escadas em frente à Igreja Matriz. A primeira coisa que fiz foi levantar-me à pressa e olhar para ver se alguém tinha visto. Só depois é que me sacudi...

» A semana passada fui ao Calvário ver se estava a chover. E não é que estava mesmo...

» Aqui há coisa de um mês passei em frente ao banco dos periquitos. Estava tudo cheio de alpista...

» Na semana da Feira fartei-me de andar no carrossel da selva. As meninas bonitas não pagavam. Mas acho que também não andavam...

» No mês de Maio fui à fava, enquanto a ervilha não enchia...

» Há quatro semanas passei na rua Diário de Notícias e vi duas grandes ratas ali mesmo no meio da estrada...

» Desde a primeira metade do século XX que Lapin nem sempre significa Coelho, pelo menos em Benavente...

» Há uns bons tempos que, Areias, já não são um Camelo...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Venha o regime da Rússia!

E o povo saiu à rua num dia assim. E levou cravos, esperanças e palavras de ordem. E deixou lamentos, petardos, pedras e tomates. Mas ordeiramente lá percorreu as ruas da capital e de tantos outros pontos deste país tão mal governado, para mostrar a indignação.
Ficou só a faltar bosta de vaca nas escadarias da Assembleia da República. Assim um camião de estrume lá despejado, ou dois. Tinha sido bonito ver lançar merda em fisgas, como quem vai aos pássaros. Quanto ao cheiro, seria praticamente indissociável daquele que já por lá está. Mas ficaria o gesto, bonito, com imagens coloridas, homenageando também o Sr. Silva, que muito gosta de vacas.
Mas fora a falta do estrume, foi bonito aquilo. "O FMI não manda aqui"; "Que se lixe a Troika, queremos as nossas vidas"; tudo verdades!
Mandemos fod... lixar a gorda alemã e estes pintos calçudos que nos governam a mando de outrÉm (mal escrito para dar ênfase). Venha o regime da Rússia!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Há uma linha que separa

Esta semana convidei um amigo meu, o Mário, para me ajudar a apanhar batatas assim que saísse do trabalho, lá na minha quinta. Se a plantação desse boa batata, em compensação pela ajuda eu oferecia-lhe duas sacas.
Mas então não é que o cabrão me respondeu que gosta muito de apanhar batatas e de andar de lombeira ao sol, mas que quando sair do trabalho tem de ir para casa, resfastelar-se no sofá a comer uns amendoíns e a beber umas minis. Disse-me que fica até com pena de não ir apanhar batatas, mas tinha mesmo de ir para casa sentar-se ao fresco, porque já tem coisas combinadas.

Há uma linha que separa o Mário dos que vivem do seu trabalho... Essa linha chama-se "laissez faire, laissez passer", ou traduzindo para português, até porque francês não é o seu forte: "Eu Mário, estou-me perfeitamente a cagar"...

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Venha mais austeridade!

Então em tempos de austeridade vai-se gastar um ovo, que podia muito bem servir de refeição para 3 pessoas, para o atirar à cabeça de um ministro?
Lá que o senhor tenha entrado no Teatro Sá da Bandeira em Santarém a gritar "aldrabões", mostra coragem! Agora desperdiçar assim um ovo em tempo de crise, ainda para mais não tendo acertado na Assunção Cristas... é atirar dinheiro à rua... E atirar dinheiro fora desta maneira desplicente é sinal de que ainda há por aí muito para gastar.
O Passos e o Gasparzinho é que têm razão. Se há dinheiro a circular, tributa-se! Venha mais austeridade, que enquanto houver ovos, o povo aguenta...

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A lenga lenga da manhã

De manhã quando o despertador toca dá-me uma vontade irrascível de chorar agarrado à almofada. Quero ficar ali para sempre e digo mal da minha vida. Passam-me não sei quantas coisas pela cabeça, se bem que uma delas é sempre a mesma: "esta noite não vou ficar até tão tarde a ver televisão. lá prás 21.30h deito-me para amanhã acordar fresquinho e sem sofrer este pesadelo". E lá vou eu tomar banho, para acordar...
Mas a verdade é que o dia passa e à noite, às 21.30h, não há sono absolutamente nenhum. Aliás, nem tão pouco me lembro que de manhã me custou tanto levantar. E depois a ver as séries penso: "só mais um bocadinho para ver como isto acaba". Quando me vou deitar é quase uma da manhã...
Depois, passadas 6 horas, o despertador toca de novo...

Raios!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A Indiferença

Bertolt Brecht tem um poema chamado "A Indiferença". É sem dúvida adequado ao que se passa hoje em Portugal. Adaptando ao que tem acontecido com as medidas de austeridade é mais ou menos assim:

Primeiro cortaram nos ordenados dos funcionários públicos
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo

Em seguida aumentaram os descontos da ADSE dos funcionários públicos
Mas a mim não me afectou
Porque não tenho ADSE

Depois acabaram com os subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos
Mas eu não me incomodei
Porque não sou funcionário público

Agora aumentam o meu desconto para a segurança social o que se traduz no corte de quase dois ordenados
Acabei de perceber que a injustiça também me tocava a mim
Já era tarde

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Estou doente!

Hoje estou doente, com uma gripe filha da put...assim mesmo doente, pronto! O nariz entupido pinga, a garganta dói, o corpo dói, a cabeça dói, espirros a torto e a direito. Estou assim como se diz na gíria, "cheio de cão". Não estou (ainda) naquela fase mariquinhas que todos os homens passam quando estão doentes. Mas se isto não passar com os antigripais do costume, acho que vou morrer. É legítimo pensar assim. Se calhar já estou a entrar na tal fase. Mas qual fase, qual carapuça! Se calhar vou mesmo morrer. Um homem estar doente não tem nada que ver com fases. Isto pode ser grave, bolas. Até acho que estou a ficar com febre. Febre não é bom... Ai... Porra pra isto! Será que morro? Ai... Sinto frio... Será da febre? Estou a ver a luz... Shô luz! Shô! Vai-te embora... Tenho de me ir deitar.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A nova moda

Não sei se isto sucede por todo o Portugal, Europa ou vá lá, Mundo, mas aqui por onde habito há um acessório de moda que deve ser último grito. Todos os trabalhadores da empresa de recolha de lixo urbano, especialmente os que varrem as ruas, andam de auricular de telemóvel no ouvido. A farda verde com listras fluorescentes combina na perfeição com o fio preto que sai do bolso e vai até à orelha. É claro que os maldizentes dizem que aquilo serve só para falar ao telemóvel e que de moda não tem nada. Mas eu cá não acho. Ninguém tem assim tanta coisa para falar dias a fio. Aliás, muitas vezes eu não os vejo a falar com ninguém e o auricular lá está, preso no ouvido. Cá para mim é definitivamente moda. Por isso:
Senhores da Alta Costura Mundial e Nacional, venham cá ver isto! Armani, Valentino, Gabanna, Miguel Vieira, Ana Salazar, Luís Buchinho, "shame on you" por nunca se terem lembrado desta combinação. É a nova moda aliada às novas tecnologias. Genial!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Designed for Humans

Há por aí um anúncio de telemóveis destes agora novos que dão para fazer tudo e acho que chamadas também, que tem como slogan "Designed for Humans". Apetece dizer: Áh sim!!! Não me digam... Curioso... Sempre achei que os elefantes ou os bacalhaus podiam usar um smartphone com sistema android.
Isto é discriminação animal, digo eu! Cria-se um telefone todo "xpto" que apenas os animais racionais podem usar. Aliás, criado exclusivamente para pessoas... Isto não está certo.
E mais! Então e se formos visitados por extraterrestres? Não podemos oferecer um destes telefones como sinal de paz? Seria até interessante ficarmos com o contacto dos "cinzentos" para fazermos umas chamadas de vídeo, de vez em quando através do skype, só para perguntar como está a família e o tempo.
Mas não... "Designed for Humans". Falta de tacto destes publicitários pá. A limitarem a franja de consumidores do produto. Um telefone de elites é o que é!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A Estupidez das Teclas Alfanuméricas nas Cabines

Já alguma vez repararam que (desde sempre penso eu) as teclas nos telefones das cabines têm letras? Para que é que aquilo serve? Não conseguimos enviar SMS dali nem teclar mais nada que não seja o número para onde queremos ligar. O N Ú M E R O... Entendem senhores que produzem aquelas coisas? Números. Eu só vou a uma cabine telefónica para telefonar. Aquilo não dá para fazer mais nada, que raio!
Eu sou do tempo dos Credifones, que era uma coisa bem à frente. Toda a gente queria ter um Credifone na carteira para mostrar aos amigos. Eu andei com um, anos, apenas com 2 períodos para gastar. Decadente é verdade, mas tinha-o religiosamente na carteira da tropa que abria em três partes e fechava com velcro.
Só que mesmo com esse grande avanço tecnológico que foi o Credifone, as putas das teclas alfanuméricas continuavam a não dar para enviar um SMS. Aliás, naquela altura enviaríamos o SMS para onde? Hã???? Porque que é que aquilo já naquela altura tinha letras? E o pior é que hoje continua a ter.

Estupidez! Impõe-se uma revolta contra as letras nas teclas das cabines de telefone públicas...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Fórum

Agora em linha o Sr. Abílio Mendes. Sr. Abílio, bom dia.
Bom dia. Olhe.... Está-me a ouvir não está?
Sim, sim. Pode continuar.
Eu gosto muito do Sr. Jornalista. Oiço todos os dias o seu programa, com muita atenção e até já tentei telefonar várias vezes mas nunca consegui.
E sobre o tema de hoje Sr. Abílio?
Áh, sim! Bom... Sobre a problemática da menstruação feminina, é uma coisa muito chata sabe. Quando eu era novo e namorava a minha Ricardina, era sempre uma dor de cabeça quando ele não chegava. Uma vez não chegou mesmo e lá tivémos de casar à pressa. Foi assim que nasceu a minha Fátima. Foi cá uma carga de trabalhos com o meu sogro. Mas agora já damos na vinhaça os dois... Também já lá vão uns aninhos!
Depois casei não é, mas cada vez que vinha o período era uma chatice. A minha mulher não se podia aturar e depois aquilo é coisa para deixar um homem à míngua quase 15 dias.
Ouvi dizer que lá para a Alemanha inventaram um remédio que faz as mulheres ficarem sem menstruação. Mas isso é só lá para eles. Nunca passa cá para fora. Mas lá que calhava bem, calhava! Para mim não que já sou velho, mas assim para os rapazes novos como o Sr. Jornalista é que vai ser uma festa hã?!!!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Que estupidez pá...

Quem é que inventou aquelas expressões do "porque assim" e "porque assado", "porque frito e cozido"? Mas que raio é isto? Este tipo de expressões de conteúdo inexistente fazem parte do nosso vocabulário diário, mas isto não tem sentido absolutamente nenhum. E o mais parvo é que conseguimos criar um diálogo baseado apenas nestas expressões e ninguém percebe puto do que estamos a dizer. Querem ver:
» E porque torna e porque deixa! Senão já sabes como elas te mordem... Mesmo sem grande vontade o fulano lá foi tratar da tal coisa a tal sítio. Quando lá chegou teve de preencher umas cenas e de responder a certas perguntas. E explicou-se ao coiso que só veio a tal sítio porque fulano de tal lhe disse para ir tratar das tais coisas ali, senão, por portas e travessas, tudo se ficaria a saber. Mas nem tudo se resolveu logo ali e o fulano teve de encarar o fulano de tal e explicar-lhe que ainda faltavam alinhavar umas cenas além, porque assim e porque assado, frito e cozido...

É ou não é o que eu digo? Que estupidez pá...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Boletim Informativo Especial

«Interrompemos a nossa emissão para este Boletim Informativo Especial. Foi visto a passear no parque um cão gigante, daqueles que até comem cabras. Se alguém der de caras com o animal não mostre medo. O mais que pode levar é uma lambidela ou duas porque o animal é manso. Repito, o animal é extremamente dócil e mansinho, apesar de muito grande e desconchavado. No essencial ele anda é à procura de cabras.
Os conselhos da Protecção Civil para esta situação anormal e nunca antes vista são para que caso o cão passe por cima de si, afaste-se o máximo que conseguir, pois pode ter o azar de ser cagado ou mijado.
Temos já a caminho do local uma equipa de reportagem vestida com fatos de oleado e assim que houver condições para o directo voltaremos à antena. Por agora é tudo».

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Chatice pá, vai acabar o Mundo

Epá então não querem lá ver que descobri hoje que o Mundo vai acabar em Dezembro. Caraças, não me dá jeito nenhum. Já tenho coisas combinadas para Junho e agora é que me dizem que os Maias, ou lá o que é, deram uma conferência de imprensa na RTP2 e disseram que o Mundo vai acabar em Dezembro. Que chatice pá! Eu por acaso até já tenho coisas combinadas, mas vá, posso desmarcar porque não é assim nada de especial. Agora por exemplo aquelas pessoas que já marcaram férias do ano que vem e pagaram metade da casa. Ficam a arder com o dinheiro. Áh pois é! Onde é que os Maias estavam com a cabeça? É chato isto pá.
Até para o governo... Lá ficam o Coelho e o Gaspar outra vez "com o menino nas mãos". Pois é. Porque com o mundo a acabar não se consegue chegar à meta dos 4%. Ah pois...
E a malta que ficou sem os subsídios? Outra bordoada. Isto acaba tudo e afinal não há recompensa nenhuma por terem andado a viver com dificuldades e no limiar da pobreza. Não está bem... Não está não senhor.
Bandidos estes Maias pá!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Tributo à inteligência de MRP

Anda para aí nas redes sociais uma crónica de 2010 da pseudo-escritora Margarida Rebelo Pinto (MRP), uma espécie de Paulo Coelho português. Nesta pseudo-crónica intitulada «As gordinhas e as Outras», segundo MRP as gordas são um gajo com mamas e pito. Dizem asneiras, peidam-se e mijam de pé. Tudo lhes é permitido. Coisa que segundo MRP não é permitido às magras, que como ela têm de trabalhar para manter o estatuto de magras boazonas.
Ó MRP, tu não tens cérebro pois não? Que não pescas puto de escrita já toda a gente sabia, agora que ainda tens quem te deixe publicar as tuas merdas é que é grave...
Senão vejamos, MRP termina a avassaladora crónica onde mostra toda a sua mestria de escritora e pessoa inteligente assim:"Como dizia a Wallis Simpson: "Never too rich, never too slim". E quanto às Gordinhas, o melhor é arranjarem um namorado. Ou uma dieta. Ou as duas coisas.". Abominável, digo eu.
Por isso decido terminar este tributo à inteligência de MRP com uma citação de Tolstoi:
Os homens distinguem-se entre si também neste caso: alguns primeiro pensam, depois falam e, em seguida, agem; outros, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por fim, pensam.
Mas há casos como os de MRP, em que nem no fim pensam...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

"Eis o (novo) homem", por Cecília Giménez

Em rigoroso exclusivo, «Os Profissionais do Caril» deixam-lhe aqui o testemunho real de Cecília Giménez, a octogenária que resolveu restaurar por conta própria a obra "Eis o homem", pintada por Elias Garcia Martinez no século XIX.

» OPdC - O seu restauro virou piada nas redes sociais. Como lida com essa situação?
» CG - Olhe, sabe, eu sou uma indivídua com sentimentos. Estive eu ali a esforçar-me para restaurar a face de Cristo e nem um obrigado.
» OPdC - Uma indivídua??? Bom, adiante. Mas consegue ver que arruinou a pintura?
» CG - Mas que arruinei o quê homem! Vocês são todos uma cambada de xoninhas pá! Aquilo chama-se pintura Naïf... Você é estúpido ou quê?
» OPdC - Não vamos entrar no campo das agressões verbais!
» CG - Vá bardamerda pá! Não me deixaram acabar a pintura e vem agora você, um homem da palha, dizer-me que arruinei a pintura. Aquilo ainda levava umas bolinhas no manto e umas estrelinhas em cima da cabeça. Assim ficou incompleto. Cambada de estúpidos! Eu fui só buscar o meu filho à paragem dos autocarros e veio logo toda a gente a criticar. Aquilo ainda não está acabado. Cambada de chulos!
» OPdC - Ó dona Cecília tenha lá calma...
» CG - Calma o Caralh.Os nervos que isto me tem dado...
» OPdC - Calma... vá lá! Uma última pergunta: Apesar de tudo, centenas e centenas de pessoas entram no santuário de La Misericórdia para ver a nova pintura. Isto tornou-se num fenómeno viral e a senhora é já um ícone.
» CG - Oiça lá ó bandalho, eu não lhe admito que me chame nomes hã! Eu não tenho doença de vírus nenhum nem nada dessas coisas de ícones ou lá o que é. Tenho aqui uns bicos de papagaio, mas de resto mais nada! Vá lá catar macacos que eu vou ali à Igreja Matriz fazer um restaurozinho se o Octávio me deixar entrar...

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

the BE plant

Sei que já chego atrasado com esta, mas tenho andado «vai não vai» para escalpelizar sobre isto. Então o Bloco de Esquerda, malta do “Tásse Bem!”, que tem defendido à brava o lema «legalize marijuana plant», o aborto e o casamento homossexual, depois troca tudo quando fala na liderança partilhada do partido? Então malta, que se passa?
Se o Bloco defende fervorosamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, se calhar (só se calhar, digo eu!) o Louçã dizer que a liderança do BE, depois da sua saída, “deve ser partilhada por uma mulher e um homem” e que assim deve ser porque “assim é que é natural”, não faz muito sentido pois não? Tenham lá tino nessas cabecinhas...

Ps- fique aqui bem claro que não tenho nada contra aquilo que o BE defende. Fico é assim, atassalhado, quando oiço estas trocas e baldrocas. Ai o Poder, o Poder......

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Les Vacances de Cavaco

Das "melhores" coisas que ouvi nos últimos tempos foi o Presidente da Nação.......... enfim chamar-lhe Presidente é um conceito tão amplo como chamar a isto onde vivemos Nação. Reformulo: Das melhores coisas que ouvi nos últimos tempos foi o pior político de sempre deste burgo muito mal frequentado dizer que não comentava uma notícia porque estava de férias. E eu que pensava que ser-se político, eleito pelo povo, significava estar ao serviço 24 horas por dia, 7 dias por semana!
Ora, ouvir isto da boca de alguém que tem a maior responsabilidade governativa desta pseudo-democracia deixou-me incomodado. Imagine-se que estou a cagar e repentinamente a minha casa começa a arder. Estou a ver a minha mulher aos gritos: "Fogo! Fogo...". Pegando na visão do Cavaco, que prefere banhar-se no Allgarve a preocupar-se com o país que o elegeu (não me incluo), eu abriria a porta da casa de banho e diria às chamas que amarinhavam pelos cortinados: Agora não, menos... que estou a cagar. Respeitem...

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Era qualquer coisa que agora não me lembro!

Aqui à uns dias passei por um homem que tinha uma grave deficiência numa perna derivada de algum acidente......... Agora que penso bem, pronto, era uma deficiência, não era assim grave, era, vá lá, digamos coxo. Mas coxiava muito! Quer dizer, coxiava moderadamente........ Coxiava assim assim! Coxiava só. Mancava, vá! Devia ser um problema de anca. Mancava muito........ Mancava mais ou menos....... Arrastava um pouco a perna, pronto!
Agora que penso bem, se calhar o homem não tinha deficiência motora nenhuma. Acho que era uma cratera enorme que estava na calçada e ele cambaleou quando colocou o pé lá dentro sem querer...... Quer dizer, não era assim uma cratera enorme. Era uma cratera........ Era um buraco assim brutal, um buraco grande vá! Um buraco...... Um buraquinho, pronto...... Era uma lasca na pedra! 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O meu amigo homem-bomba

Tive um amigo que estudou para ser homem-bomba. Era um tipo porreiro. Tinha era um defeito, só estava bem era a «arrebentar» coisas e a pregar partidas ao pessoal. Uma vez pôs uma bicha de rabiar no cacifo de um colega nosso e aquilo fez cá um efeito. O estrondo arrancou a porta do cacifo e incendiou tudo o que estava lá dentro. As chamas eram bastante coloridas!
Já morreu coitado. Assim que saiu da faculdade com o curso arranjou logo trabalho. Foi até Beirute e rebentou-se dentro de um autocarro. Paz à sua alma! Que se divirta com as suas 70 virgens, esteja onde estiver...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Feira Popular - parte I

O que eu adorava ir à Feira Popular. Ah, a Montanha Russa, de onde a tia Rosa caiu esborrachando-se toda no chão. Deu um certo trabalho aos empregados tirar dali os restos, coitados.
E as barracas de tiro ao alvo! Epá que míticas eram. Com meninas simpáticas a chamar pela gente. Foi aí que o meu primo Loureiro uma vez a dar um tiro se enganou e fez rebentar a cabeça. Pobrezito.
Havia também o comboio fantasma. Aí foi-se o parente João Paulo. À saída, quando as portas se abriram e saímos daquela escuridão toda de bruxas e teias de aranha, demos por falta dele. O meu pai disse-me discretamente que tinha sido um esqueleto que o apanhou. A verdade é que nunca mais o vimos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Colesterol de Amor

Há dias estava a ver um programa na televisão generalista (coisa rara confesso), e eis senão quando uma das convidadas era nem mais nem menos que a Bomba Latina da Ana Malhoa. Eu que estava num estado de quase zombie do sono, arrebitei de imediato. «Enfiada» numa espécie de espartilho que a faz ficar com uma cintura de vespa, aquilo apertava tanto que se não fosse a proeminente caixa de ar que saía pelo decote, acho que «La Bomba» teria imensa dificuldade em respirar.
E lá fiquei eu a ver o programa todo até ao fim, para a ouvir cantar e dançar o seu mais recente «HIT»: Colesterol de Amor, featured by El Cata.
É por causa disto que eu não vejo as televisões generalistas, porque apesar de ser sempre bom ver a proeminente caixa de ar da Ana Malhoa, tudo o resto é a roçar o degredo...

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Comunicado Oficial

Exma. Sr.ª

É com grande consternação e pesar que lamentamos informar a morte do seu filho, devido ao pé de atleta com que deu entrada neste muy prestigiado hospital, pertencente ao extraordinário Serviço Nacional de Saúde.
O Director Administrativo deteve-se. O teclado calou-se... Foi à janela e olhou com cuidado a rua:

«Liguem-me ao Sr. Ministro! Conseguimos poupar ainda mais se em vez de cartas enviarmos e-mails».

E continuou a ditar...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A Tatuagem no Olho do Cú

Anda por aí na net um vídeo que já se tornou viral, com uma tipa de 22 anos a fazer uma tatuagem no, digamos, olho do cú... É isso mesmo, em inglês «butthole». Nota-se que a tipa está sob efeitos alucinogénicos, pois a forma de falar e de curtir a dor nos entrefolhos do, digamos, cú, deixa claramente a sensação que há naquele corpo nú muitos cogumelos e álcool.
É a loucura decadente do uso que um olho do cú pode ter.
Ainda podia considerar que entre o Olho do Cú e o Pardal se pudesse tatuar a estrada nacional 118, mais por motivos histórico-nostálgicos. Agora ali nos entrefolhos é, digamos, parvo!

Se não viram o vídeo ainda, tomem lá!!!!!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O Tridente e o Arpão

Olhávamos fixamente e com preocupação para a água, tentanto alcançar com a visão o fundo do rio, mas estava escuro como breu. Subitamente o Teobaldo lá conseguiu voltar à superfície e pôr a cabeça fora de água. Então demos-lhe mais uma bordoada certeira com a sólida pá do remo, bem no alto da cabeça.
Foi vê-lo novamente a mergulhar, desta vez definitivamente, até ao fundo.
Enquanto ele descia lentamente, tive um pensamento lúcido:
«os documentos dos submarinos já não voltam à superfície!».

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O presente

Lembro-me como se fosse hoje daquele dia de anos. Nunca na minha infância tive melhor presente que aquela flóber. Todos os meus amigos partilharam comigo as emoções e o meu entusiasmo. Assim que a desembrulhei fui logo dar uns tiros na pardalada. Pam, pam, pardal aqui. Pam, pam, pardal ali. Que excitação!
Mas um dia tive uma arrelia com aquela brincadeira. Sem querer acertei em cheio no meu tio Marcelino.
Para castigo não me deixaram ir ao enterro...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Faleci

Esta semana apeteceu-me falecer e decidi fazê-lo na segunda-feira. De manhã não me levantei da cama. Faleci completamente. E ali estava eu, deitado de costas, noutro lugar qualquer que não este mundo. Mas depois lembrei-me que tinha coisas para fazer e desisti da ideia, até porque falecer é muito chato. Um gajo está ali deitado, não se mexe, não respira nem nada. É aborrecido... E então voltei. Era para aí meio dia e meia. Levantei-me, tomei banho, almocei e fui fazer as coisas que tinha combinado serem feitas. Foi aí que percebi que a melhor altura para falecer só um bocadinho, assim para experimentar, é de manhã, para não maçar muito. É o melhor! Até porque está mais fresco e não ficamos logo a cheirar mal.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O Beijo Cloacal

Para todos aqueles que neste preciso momento se perguntam: "mas que raio é isto de beijo cloacal"; eu explico!
O beijo cloacal é uma operação em que o macho inocula a cloaca da fêmea.
E perguntam vocês: "mas afinal o que é a cloaca?".
A cloaca é a câmara onde se abrem o canal intestinal, o aparelho urinário e o aparelho genital das aves, dos répteis, dos anfíbios e dos peixes cartilagíneos.
E pressinto que neste momento estão todos boquiabertos com a minha cultura geral. Mas penitencio-me usando um silício, porque copiei isto da WikipédiA. Mas sou na mesma genial, porque pesquisei!´
Começo a sentir a vossa animosidade por terem perdido tempo a ler este post sem nexo, mas reparem, ficaram a saber que cloaca é na sua essência o mesmo que cú. E mais, uma vez que as aves têm cloaca, as galinhas são aves. Quem gosta de ovos?

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A Compra do Pavilhão Atlantico

Soube há dias que o Sr. Luís Montez tem uma dívida fiscal de 420 mil euros, mais 66 mil de juros de mora, porque não paga o que deve ao Estado. E se não paga supõe-se que não tenha dinheiro. Mas  questionei-me de imediato: "Como é que é possível este Sr. comprar o Pavilhão Atlântico por 21,2 milhões de Euros, um bem Público que alguém resolveu colocar em saldo, quando tem uma dívida fiscal considerável? Eu pensava que quando temos uma dívida de 5 ou 10 euros às Finanças, nem sequer nos devolvem o nosso IRS, e ameaçam até com a penhora. Não compreendo.
Será porque o Sr. Montez é genro do Presidente da República, juntando-se o facto deste ter ligações "mal explicadas" com o BPN? Provavelmente.
São estas coisas que nos vão desmoralizando. Mal por mal, prefiro as trapalhadas do Relvas, um verdadeiro artísta, um caso até de estudo, e talvez prefira porque mexe menos com o Estado e com a Justiça, que queremos que nos defenda e não nos ataque. O caso Relva mexe muito mais com a Ética e com o tráfico de Influências que é praticamente impossível combater. Mas vale sempre a pena DENUNCIAR, sem dúvida, desde que existam provas, como é o caso.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Ver a bola

Está um gajo sentado na sala, sossegado a ver a bola e entra a mulher. Acabou-se o sossego!
Primeiro aspira e passa não sei quantas vezes à frente da televisão. Depois vem sentar-se no sofá.
Ela: Então quanto tempo falta para acabar?
Ele: Começou agora a segunda parte.
Ela: Então ainda faltam 40 minutos?
Ele: É.
Ela: E isso é para quê? É para a taça? Quem está a jogar?
Ele: É o Benfica. Para o campeonato.
Ela: E não queres ir ver isso para a cozinha. É que eu queria ver a novela.
Ele: A bola já só dá uma vez na televisão dos pobres! O resto da semana é “fosquisses” de novelas atrás de novelas. Deixa-me ouvir o que os homens estão a dizer.
Ela: O Benfica está a perder. Senão estavas de melhor humor.

Resultados:
1 – Nas famílias mais matarruanas onde o homem ainda bate na mulher: Ela não teria esta conversa;
2 – Numa família tradicional: Ele oferece-lhe porrada. Ela sabe que as come, cala-se e vai para a cozinha;
3 – Numa família com 35/45 anos de casamento: Ele vê a bola no café para não ouvir a mulher;
4 – Nas famílias modernas: Ele amocha e vai ver a bola para a cozinha.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A força do hábito é lixada

 
Há já 12 anos que, quase todos os dias, passo pelas portagens de Alverca no regresso a casa, depois de um dia de trabalho. E, invariavelmente as pessoas que lá estão (com excepção dos dias em que só estão a funcionar as máquinas) a receber os pagamentos dizem-me: - Obrigada. E eu respondo sempre: - Obrigado, também. Ora, agradecer por se ter feito um pagamento já é algo muito português, mas acaba por ser simpatia para com quem está a trabalhar, enfim. Porém, recentemente, uma portageira nova, com um discurso mais fluente, fruto talvez das “Novas Oportunidades” ao devolver-me o cartão multibanco diz-me: - Boa viagem. Apanhada de surpresa, fiquei atrapalhada e respondi: - Obrigada, para si também.
A Sra. Manteve-se no local onde estava, dentro da cabine, e deve ter ficado a pensar: Mas onde é que esta pensa que eu vou?
A força do hábito marcadamente nas nossas vidas. J

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O Valdemar Carocho

«Sai uma média Sagres “faxavor”!
Não há, só Super Bock.
Então venha… Se só há dessas, bebe-se! E tu queres beber alguma coisa? Se queres diz, que o Carocho paga.
Não.
Bebe anda. Eu pago, que quando mando vir é porque tenho dinheiro.
Não.
Pode-se fumar aqui?
Pode.
Tá bem. Vou para a rua.
???????????
Posso levar a garrafa até ao cemitério?
Para quê?
Para ir falar com a minha mãezinha.
Não. Queres levar a cerveja, despeja-se num copo.»

Ainda a frase não tinha chegado ao fim já o Valdemar Carocho ia, cambaleante, a caminho do cemitério de Super Bock na mão.
Deve ter sido uma conversa interessante.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Sempre me intriguei

Em pequena intrigava-me porque é que os miúdos se queriam inscrever nos escuteiros. Seria por causa dos acampamentos? Não me parecia já que tinham que dormir cedo, na altura os rapazes quase não falavam com raparigas e vice-versa, para além de que estavam sempre a mostrar os seus dotes fisicos para trepar mais alto, correr mais depressa etc.. E aquela fatiota de calções e lenço enroladinho? Muito menos seria a razão, basta olhar para um adulto chefe de grupo e ficamos um pouco assustados com o manequim. Passados uns anos acabei por perceber que a razão só podia ser: estar ao ar livre, longe do controle chato dos pais e gozar com os colegas mais fracos e menos capazes. Arrumei a ideia, mas sem certezas absolutas. Nesta fase da minha vida, interrogo-me sobre outro assunto que até está interligado como facilmente se vai concluir: Porque é que alguém, um dia, se inscrevia na Pide de forma voluntária? Não foi convidado, não foi indicado por razões politico-partidárias, simplesmente morava em Lisboa e um dia resolveu, ao passar à porta da Pide, subir e inscrever-se... Efectivamente, em 1967 o "nosso" Presidente Aníbal Cavaco Silva inscreveu-se na Pide, preenchendo um formulário tão extenso que até perguntava a cor da cueca que trazia vestida. Se fosse vermelha, era imediatamente corrido do edifício. Olhando para aquele ar de quem sente tudo de forma superficial, um semblante feito de plástico, sente-se-lhe no rosto a mesma ligeireza que já tinha há 44 anos. Resta saber se ele achava que iria juntar-se aos maus contra os bons, por uma questão de poder e ascenção, ou se pensou que iria juntar-se aos bons para combater os maus, evitando assim que algumas crianças fossem comidas. :)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mancha na Transmissão

Tive oportunidade de escrever no Twitter que a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos foi magistral e que de facto temos de tirar o chapéu aos britânicos. No entanto houve uma mancha naquelas quase 4 horas de transmissão. Ver o pior político português de sempre - tal qual RAP e bem adjectivou - a acenar nas bancadas do Estádio Olímpico à nossa delegação, foi o momento de menos. Porque é que eu tenho de pagar a viagem do senhor para ele ter três segundos de fama internacional, se não votei nele?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O menino doutor

Lembram-se do Doogie Howser, "O menino Doutor" dos Estados Unidos? Toda a gente via isto e na altura nunca ninguém contestou o facto dele ter 15 anos e exercer medicina como gente grande. Então porque é que se tem feito tanto alarido com o Miguel Relvas? Se o menino do Passos Coelho iniciou e concluiu uma licenciatura em apenas um ano é porque é um prodígio!
Portugal também já tem um menino doutor.